Estima-se que em todo o mundo existam aproximadamente 340 raças de cães oficialmente registadas. Alguns delas bastante populares, como os Pug, Pastores Alemães, Yorkshires ou Shih-tzus, e outras que são muito menos conhecidas pelos indivíduos em geral, conforme explica um artigo publicado no jornal Metro.
Destacando-se raças que estão inclusive em vias de extinção ou tão exóticas que remontam ao tempo dos faraós no antigo Egito.
Conhece estas raças de cães extremamente raras?
1. Pumi
De origem húngara, o Pumi surgiu na região Oeste do país entre os séculos XVII e XVIII, fruto de uma mistura da raça Puli com cães pastoreio de origens alemãs e francesas. É popularmente considerado um cão de pastoreio do tipo Terrier e foi o cão mais utilizado para pastorear grandes animais na Finlândia.
Com a evolução ao longo dos últimos anos, a raça tornou-se independente e tem ganhado cada vez mais notoriedade em sua terra de origem. Naturalmente desenvolvida para ser um cão de pastoreio, nos dias de hoje tem sido considerado um cão de cidade: sendo um bom animal de companhia e de trabalho.
Sua aparência rústica e seu alto nível de energia o tornam um cachorro com características muito peculiares e, talvez por isso, sua raça seja pouco difundida. Alguns exemplares estão sendo espalhados pela Europa e Américas, onde sua população ainda é relativamente rara.
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2. Mudi
Mais um patudo vindo da Húngria. As origens dessa raça datam os finais do século 18 e o início do século 19. Os pastores húngaros decidiram misturar os cães boiadeiros com os cães quem tiveram com outros pastores do centro e do oeste de Europa, para assim obterem cães mais eficientes em seus trabalhos.
Dessa forma, o pumi, uma raça que é caracterizada por seu pelo ondulado, e o komondor foram cruzados com os pastores de origem alemã. Desses cães herdaram a força, a agilidade e as orelhas retas. O resultado foi o mudi, um cão pastor forte, ágil e disposto a trabalhar.
Desde então, ele cumpre seu trabalho nas montanhas da Hungria. Essa é uma raça conhecida fora desse país europeu, mas a sua inteligência fez dela uma espécie muito hábil em esportes como o agility, tornando-a famosa no mundo todo.
3. Catalburun
O Catalburun vem da Turquia e apresenta um curioso e único nariz dividido.
Seu nome é composto por duas palavras turcas: catal, que significa “garfo”, e burun, que significa “nariz”. Ele vem da Turquia e, como dissemos antes, seu nariz é uma das suas características mais impressionantes. Ele parece ter dois, embora isso não lhe dê nenhuma habilidade extra.
Não há muitas evidências para confirmar a sua origem e a trajetória que o levou a se tornar uma raça, embora exista uma teoria que parece ser muito aceita.
Acredita-se que estes cães eram parte do Império Romano e que eram os fiéis companheiros dos soldados romanos quando eles iam para as batalhas. Isso não deveria nos surpreender, já que esta raça compõe o grupo dos molossos, excelentes rastreadores.
Por outro lado, dizem que eles são o resultado do cruzamento entre os molossos da Assíria, os molossos romanos e os da Inglaterra.
Os romanos queriam cães perfeitos para cuidar de seus rebanhos. Por isso, eles escolheram três das raças que conheciam e consideravam ideais para este propósito, e misturaram-nas até que obtiveram o catalburun.
Esta característica faz com que tenha um olfato ainda mais apurado, comparativamente a outros cachorros, sendo por isso muito utilizado como cão farejador de caça ou pela polícia.
4. Saluki
Uma das origens para o nome da raça relaciona a palavra Saluki com Saluk, uma cidade árabe desaparecida. Os egípcios se referiam ao Saluki como El Hor, ou seja, “O Nobre”. O povo islâmico considerava esse cachorro como uma “dádiva de Allah” para as crianças, pois o Saluki permanecia na companhia de seus proprietários.
Além de ser um cão bastante fiel aos donos, o Saluki sempre foi um ótimo caçador. Graças a essa habilidade, os beduínos passaram a utilizá-lo para a caça, ajudando a conseguir alimento para as famílias desse povo. Com ótima visão e desempenho impressionante para corridas, podendo atingir até80 km/h, os Salukis não eram vendidos, mas oferecidos como presentes por suas características valiosas.
Muitos consideram o Irã como país de origem do Saluki, mas há quem acredite que essa raça se origina de outros locais, como Iraque, norte da Turquia, península Arábica, Egito e norte da África. Os primeiros exemplares foram levados para a Inglaterra em 1830, mas a raça só chamou a atenção em 1897, quando Lady Florence Amhersts ganhou um casal de Salukis.
A raça ainda é rara em todo o mundo e não passou por grandes alterações no decorrer do tempo. No Brasil, poucos criadores possuem Salukis.
Fonte : https://www.noticiasaominuto.com